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Caminhada marca Dia Nacional da Luta Antimanicomial em Joinville


Jhonatan Marques
19 de maio de 2023
Caminhada marca Dia Nacional da Luta Antimanicomial em Joinville

A manhã desta quinta-feira (18/5) começou movimentada na Praça da Bandeira, no Centro de Joinville. Mais de cem pessoas participaram da Caminhada que marcou o Dia Nacional da Luta Antimanicomial.

Usuários dos serviços de saúde mental da Prefeitura de Joinville, familiares, profissionais e estudantes se reuniram para caminhar e conscientizar a população sobre a importância do tratamento adequado.

“A gente entende que o cuidado deve ser no território, onde a pessoa está e com as pessoas com quem ela convive. Porque, afinal de contas, todos nós precisamos de uma rede. E o movimento da luta antimanicomial é justamente para isso, para que a gente esteja no lugar de convívio da pessoa. Queremos que os usuários estejam se tratando e convivendo, podendo frequentar a padaria, o supermercado, afinal um quadro de saúde mental não desabona ninguém da convivência social”, afirma a coordenadora de Saúde Mental de Joinville, Ana Caroline Giacomini.

Joinville tem uma rede estruturada para tratamento da saúde mental. Os casos considerados leves a moderados são acompanhados nas Unidades Básicas de Saúde da Família, com suporte de uma equipe multidisciplinar. Se for um caso considerado moderado a grave, o paciente é encaminhado para um CAPS, onde uma equipe referência em tratamento de transtornos mentais mais graves, crônicos e persistentes.

Maria Regina de Paula Gomes tem 48 anos e faz acompanhamento no SOIS, que é o Serviços Organizados de Inclusão Social da Prefeitura de Joinville. “O que melhorou é que eu estou vivendo. É isso que importa. Passei por preconceito. Hoje faço teatro e participo do programa de rádio”, conta Maria.

Depois da caminhada, o público participou de várias atividades oferecidas na Universidade Católica SC que marcaram o encerramento das ações da Semana Municipal de Conscientização sobre Saúde Mental.

“A gente não pode deixar os sinais passarem despercebidos. Muitas vezes a pessoa que está sofrendo não vai perceber. Então outra pessoa que convive com ela às vezes vai perceber primeiro e deve estar atenta. São sinais de alteração de comportamento, geralmente, mudança no quadro do humor, de questões de socialização, sono, apetite e pensamento. Esses pequenos sinais normalmente começam de forma leve, mas precisa procurar apoio para que eles não agravem”, conclui Ana.

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